
Nas telas e nas ruas: o dilema das doenças mentais.

CORINGA. Direção de Todd Phillips. Nova Iorque, Jersey City e Newark: Warner Bros, 2019.
TEXTO I
Quando topou interpretar o personagem-título do filme Coringa, Joaquin Phoenix, de 45 anos, encarou dois desafios: aparecer magérrimo em cena e criar a gargalhada do vilão. Quanto ao peso, moleza: o ator perdeu 24 quilos em apenas quatro meses. Tudo graças a uma dieta vegana prescrita por um médico. Quanto à risada, um dos traços marcantes do personagem, assistiu, por indicação do diretor Todd Philips, a vídeos de portadores de um raro transtorno neurológico chamado síndrome pseudobulbar. Mais que assistir, ele tentava reproduzir, na frente de um espelho, as risadas aflitivas e dolorosas dos pacientes.
“A síndrome pseudobulbar é caracterizada por choro ou riso fora de contexto e pode ser decorrente, entre outras razões, de maus-tratos na infância”, contextualiza o psicanalista Christian Dunker, coordenador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da Universidade de São Paulo e coautor do livro O Palhaço e o Psicanalista: Como Escutar Pessoas e Transformar Vidas.
Portador de transtornos mentais, Fleck faz uso de sete medicamentos, anota suas reflexões num diário — “A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você se comporte como se não tivesse” é uma delas — e conversa esporadicamente com uma assistente social. A certa altura, porém, a prefeitura de Gotham City corta a verba e suspende tanto o atendimento psicoterápico quanto o fornecimento de remédios.
“O tratamento dele é ruim, burocrático, abaixo da crítica. Falta escuta clínica, por exemplo. A assistente social não interage com o paciente, apenas repete um padrão mecânico de perguntas”, analisa Dunker. “Quando você retira a escuta e a medicação, o sofrimento do paciente tende a evoluir”, completa.
“O Coringa é sintoma de uma sociedade extremamente desigual”, observa o sanitarista Paulo Amarante, presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental e pesquisador do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Não é a loucura que é irracional. É a violência que a sociedade impõe aos mais fracos que é. No filme, Fleck sentiu-se completamente desamparado. Não tem emprego formal, não tem plano de saúde, não tem absolutamente nada. O que uma pessoa faz numa situação dessas? Entra em desespero. Nada justifica o crime, mas a gente entende a explosão do sofrimento”, avalia Amarante.
FONTE: https://saude.abril.com.br/blog/saude-e-pop/coringa-e-os-dilemas-da-saude-mental/
TEXTO II
As doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave.
Para a ONU, a falta de um tratamento adequado à saúde mental faz com que tais enfermidades ocupem posições de destaque no ranking das doenças que mais atingem a população mundial.
FONTE:http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-em-numeros-cerca-de-23-milhoes-de-brasileiros-passam-por
TEXTO III

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